sexta-feira, 1 de maio de 2009

Blu-Ray


Blu-ray, também conhecido como BD (de Blu-ray Disc) é um formato de disco óptico da nova geração de 12 cm de diâmetro (igual ao CD e ao DVD) para vídeo de alta definição e armazenamento de dados de alta densidade.

É o sucessor do DVD e capaz de armazenar filmes até 1080p Full HD de até 4 horas sem perdas. Requer obviamente uma TV de alta definição (Plasma ou LCD) para exibir todo seu potencial e justificar a troca do DVD.

Sua capacidade varia de 25 (camada simples) a 50 (camada dupla) Gigabytes. O disco Blu-Ray faz uso de um laser de cor azul-violeta, cujo comprimento de onda é 405 nanometros, permitindo gravar mais informação num disco do mesmo tamanho usado por tecnologias anteriores (o DVD usa um laser de cor vermelha de 650 nanometros).

Blu-ray obteve o seu nome a partir da cor azul do raio laser ("blue ray" em inglês significa "raio azul"). A letra "e" da palavra original "blue" foi eliminada porque, em alguns países, não se pode registrar, para um nome comercial, uma palavra comum. Este raio azul mostra um comprimento de onda curta de 405 nm e conjuntamente com outras técnicas, permite armazenar substancialmente mais dados que um DVD ou um CD. A Blu-ray Disc Association (BDA) é responsável pelos padrões e o desenvolvimento do disco Blu-ray e foi criado pela Sony e Panasonic. Disputou uma guerra de formatos com o HD DVD e em 2008 venceu com o apoio exclusivo da Warner Bros., MGM, Fox e Columbia Pictures.

História
Em 1998, comerciais da HDTV começaram a aparecer no mercado consumidor; no entanto, não havia então uma maneira barata para gravar ou reproduzir conteúdo em alta definição (high definition - HD). Na verdade, não havia qualquer meio de armazenagem de HD Codecs, com exceção da JVC Digital VHS e da Sony HDCAM. Não obstante, era bem conhecido que utilizando lasers com comprimento de onda mais curto permitiria um armazenamento ótico com maior densidade. Quando Shuji Nakamura inventou um diodo laser azul prático, foi uma sensação, apesar de que uma longa ação atrasou a introdução comercial do produto.

Tecnologia
O tamanho do "ponto" mínimo no qual um laser pode gravar está limitado pela difração, e depende do comprimento de onda de luz do laser e da largura da lente utilizada para gravar. No caso do laser azul-violeta utilizado nos discos Blu-ray, o comprimento de onda é menor que nas tecnologias anteriores, aumentando portanto o aproveitamento do espaço físico no Blu-ray (0.85, comparado com 0.6 para DVD - valores conflitantes e em unidade de medida desconhecida!). Com ele, e graças a um sistema de lentes duplas e a uma camada protetora mais larga, o raio laser pode direcionar-se de forma muito mais precisa na superfície do disco. Os pontos de informação legíveis no disco são muito menores e, portanto, o mesmo espaço pode conter muito mais informação. Por último, mesmo com as melhorias na tecnologia, os discos Blu-ray incorporam um sistema melhorado de codificação de dados que permite guardar ainda mais informação.

Outra característica importante dos discos Blu-ray éensou-se em criá-los como cartuchos, semelhantes a disquetes de computador, mas a TDK descobriu um substrato que permite evitar os arranhões e facilitar a leitura (mesmo que agora eles sejam bem menos comuns) quando sujos de gordura. Esta nova característica será muito apreciada pelos utilizadores, porque dificulta o surgimento de defeitos como nos CD e DVD arranhados sendo, por isso, uma qualidade adicional quando comparado com o formato concorrente,HD DVD.


Guerra dos formatos
O Wikinews tem uma ou mais notícias relacionadas com este artigo: Blu-ray é oficialmente o sucessor do DVDBlu-ray e HD DVD concorreram pela sucessão do DVD. No entanto em 19 de Fevereiro de 2008, a Toshiba comunicou a decisão de não continuar com o desenvolvimento, fabricação e comercialização do HD DVD. Segundo Atsutoshi Nishida, presidente da Toshiba, a decisão da Warner Bros em usar exclusivamente o Blu-ray foi preponderante para a tomada dessa decisão. [2] Outro fator que influenciou a vitória foi o video game PlayStation 3 que foi o Blu-ray player mais barato do mercado e vendia mais que todos os outros players de HD-DVD. A Microsoft também é apontada como responsável, pois por ser a única força financeira com condições de fazer frente ao consórcio Blu-ray não embutiu o HD-DVD como formato padrão no Xbox 360, priorizando a distribuição digital. O Blu-ray ganhou assim a guerra contra o HD DVD e é o novo sucessor do DVD. Em 2008, todos os grandes estúdios migraram para o Blu-Ray, incluindo o ex-exclusivos do HD-DVD como Universal e Paramount.

Há atualmente um debate se o Blu-ray irá conter a distribuição digital como futuro do formato de entretenimento. O grande diferencial do disco é não precisar de banda larga e discos rígidos de alta capacidade de armazenamento, além dos consumidores estarem habituados a discos CD e DVD. E também já há estudos para um formato sucessor como o HVD que permitirá ainda mais armazenamento possibilitando mais de 100 horas de alta definição ou 3 Terabytes de capacidade por disco.

A China propôs um formato, CH-DVD em março de 2008 para não pagar royalties à Sony, mas já é ignorada pela indústria de entretenimento por ser o país um grande pólo mundial de pirataria.

Apoio Software Java
Na feira JavaOne de 2005, foi anunciado que o software ambiente multi-plataforma Java da Sun Microsystems seria incluído em todos os "tocadores" Blu-ray como uma parte obrigatória do padrão. Java é usada para aplicar menus interativos em discos Blu-ray, em oposição ao método usado em DVD de vídeo, que utiliza segmentos MPEG pré prestados e imagens de legenda selecionáveis, que é consideravelmente mais primitivo e menos perfeito. James Gosling, criador do Java, na conferência, sugeriu que a inclusão de uma máquina virtual Java bem como conectividade de rede em alguns dispositivos BD irá permitir atualizações para os discos Blu-ray através da Internet, acrescentando conteúdos, tais como idiomas de legenda adicionais e recursos promocionais que não estão incluídos no disco no momento. Esta versão Java é chamada de BD-J e é um subconjunto do padrão Globally Executable MHP (GEM). GEM é a versão mundial do padrão Multimedia Home Platform.

Capacidade de armazenagem e velocidade

Os discos BD vem em diferentes formatos:
BD-ROM: Um disco que é só de leitura;
BD-R: Disco gravável;
BD-RE: Disco regravável.

Um disco (kh) de camada única (Single Layer em inglês) Blu-Ray pode conter cerca de 25 GB de dados ou cerca de 6 horas de vídeo de alta definição mais áudio, e, no modo de dupla camada (Double Layer), este espaço é duplicado, podendo conter, aproximadamente, 50 GB. Suporta os formatos de compressão MPEG-2, MPEG-4 e VC-1. A velocidade de transferência de dados é de 36 Mbit/s (54 Mbps para BD-ROM), mas protótipos a 2x de velocidade com 72 Mbit por segundo de velocidade de transferência estão em desenvolvimento. O BD-RE (formato regravável) padrão já está disponível, assim como os formatos BD-R (gravável) e o BD-ROM, como parte da versão 2.0 das especificações do Blu-ray. Em 19 de Maio de 2005, TDK anunciou um protótipo de disco Blu-ray de quatro camadas (100 GB). Outros discos Blu-ray com capacidades de 200 GB (oito camadas) estão também em desenvolvimento.

Recentemente a TDK anunciou ter criado um disco Blu-ray experimental capaz de armazenar até 200 GB de informação em um único lado (6 camadas de 33.3 GB)

Dimensões

12 cm lado único => Capacidade de uma camada 25GB (23.3GiB)
Capacidade com camada dupla 50GB (46.6GiB)
12 cm dois lados => Capacidade de uma camada 50GB (46.6GiB)
Capacidade com camada dupla 100GB (93.2GiB)
8 cm, lado único => Capacidade de uma camada 7.8GB (7.3GiB)
Capacidade com camada dupla 15.6GB (14.5GiB)
8 cm dois lados => Capacidade de uma camada 15.06GB (14.5GiB)
Capacidade com camada dupla 30.12GB (29GiB)

Velocidade de Gravação

Velocidade do drive:1x, 2x, 4x, 6x, 8x, 12x
Taxa de transferência de dados em Mbit/s: 36, 72, 144, 216, 288, 432.
Taxa de transferência de dados em MB/s: 4,5, 9, 18, 27, 36, 54.

Tempo de gravação para disco blu-ray em minutos.

Uma Camada: 90, 45, 23, 15, 12, 8 (minutos).
Duas Camadas: 180, 90, 45, 30, 23, 15 (minutos).

Diferenças entre o Blu-ray, HD DVD e o DVD

Capacidade (armazenamento)

Blu-ray: 23.3 / 25 / 27 GB (Camada Única)
46.6 / 50 / 54 GB (Camada Dupla)
HD DVD: 15 GB (Camada Única)
30 GB (Camada Dupla)
DVD: 4.7 GB (Camada Única)
8,5GB (Camada Dupla)

Comprimento de Onda do Raio Laser

Blu-ray: 405 nm
HD DVD: 400 nm
DVD: 650 nm

Taxa de Transferência

Blu-ray: 54,0 Mbps
HD DVD: 36,55 Mbps
DVD: 11,1 Mbps

Formatos Suportados

Blu-ray: MPEG-2, MPEG-4 AVC, VC-1
HD DVD: MPEG-2, VC-1 (Baseado no WMV), H.264/MPEG-4 AVC
DVD: MPEG-2

Resistência a arranhões e gordura (Tecnologia Durabis II)

Blu-ray: Sim
HD DVD: Não
DVD: Não

sábado, 25 de abril de 2009


13ª Edição do Cine PE


Abertura oficial do evento será na próxima segunda-feira 27 no Teatro Guararapes; programação inclui 72 filmes que serão exibidos em cinco mostras até o dia 3 de maio

Neste sábado (25), a Mostra Pernambucana dá início à maratona de filmes que serão exibidos no Cine PE - Festival do Audiovisual de Pernambuco, até o próximo dia 3 de maio. A primeira sessão será às 19h, no cinema da Fundação Joaquim Nabuco, com acesso gratuito.

A abertura oficial do evento acontece na próxima segunda-feira (27), a partir das 18h30, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. No roteiro, estão a apresentação da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque, seguida das exibições das mostras competitivas de curtas-metragens em digital e 35mm.

Na sequência, a homenagem ao cineasta greco-francês Constantin Costa-Gavras (foto), que estará presente na primeira exibição do longa-metragem “Eden à L’Ouest no Brasil”. O diretor ainda abrirá a Mostra Especial Costa-Gavras, que será realizada de 1° a 3 de maio, às 16h, no Cinema da Fundaj, no Derby, com acesso gratuito.

A programação do Cine PE inclui ainda as Mostras Competitivas, a Mostra Infantil e o Cel.U.Cine, no Cecon, além de exibições paralelas. Ao todo, serão exibidos 72 filmes, sendo 57 curtas e 15 longas-metragens.

Os ingressos estarão à venda, diariamente, a partir das 17h, nas bilheterias do Centro de Convenções. Os preços do bilhete eletrônico custarão R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia), os mesmos valores da edição anterior do festival.

A compra antecipada foi iniciada desde 9 de abril, numa das lojas BR Mania de cinco Postos BR, sendo três no Recife, uma em Olinda e uma em Jaboatão dos Guararapes (veja endereços abaixo). Outro ponto será a Castigliani Cafés Especiais, anexa ao cinema da Fundaj, do Derby.

MOSTRA PERNAMBUCO
A Mostra Pernambuco ocorre sábado (25) e domingo (26) e tem caráter competitivo. Serão projetados 17 curtas-metragens da recente produção local no cinema da Fundaj. Já os três longas permanecerão na grade nobre do festival, no Centro de Convenções, nas noites de 29 e 30 de abril e 1° de maio.

MOSTRAS COMPETITIVAS DE CURTAS E LONGAS
A programação de exibições no Centro de Convenções inclui 34 curtas-metragens (digitais e em 35mm) e cinco longas-metragens em competição, além de dois longas convidados, “Eden à L’Ouest” e o documentário “O homem que engarrafava nuvens”, produção carioca dirigida pelo pernambucano Lírio Ferreira.

Além disso, serão exibidos 34 curtas, 19 são em 35mm e 15 em digital. Destes, seis películas são pernambucanas (3 em 35mm e 3 em digital). Dos curtas em 35mm, 13 estão na categoria ficção; quatro, em documentários e duas, como animações. Entre eles, três películas são pernambucanas. Os demais filmes vêm de São Paulo (6); do Rio de Janeiro (5); Ceará (2); Distrito Federal (1); Rio Grande do Sul (1); e Paraná (1).

Na grade da Mostra Competitiva de Curtas Metragens em Digital, estão 15 produções (sete ficções, cinco documentários e três animações). Entre os que passaram pela seleção, estão três pernambucanos. Os outros concorrentes são originários de São Paulo (5); do Rio de Janeiro (3); Ceará (1); Maranhão (1); de Goiás (1) e do Distrito Federal (1).

MOSTRA INFANTIL
A exemplo das edições anteriores, os alunos da rede pública de ensino poderão assistir à Mostra Infantil, nas manhãs de 28 e 29 de abril, às 9h, com acesso gratuito.

No primeiro dia, os pequenos assistirão ao longa-metragem O Cavalinho Azul, do diretor carioca Eduardo Escorel. No dia seguinte (29), no mesmo horário, será exibida a obra paulista Quando o céu era azul, de Alexandre Estevanato.

MOSTRA Cel.U.Cine
Na noite do dia 2 de maio, no Centro de Convenções, o Cine PE será palco para exibição dos cinco curtas semifinalistas da primeira etapa do Cel.U.Cine, primeiro festival de micrometragens do Brasil para celular. Concorrentes,de todo o País inscreveram filmes de até três minutos feitos em celular, câmeras digitais e mini-dv a partir do tema “O mundo está de cabeça pra baixo?”

Ao longo do ano serão abertos mais cinco concursos, com novos temas, acompanhando o Festival Cufa-RIO (RJ), Festival de Guarnicê (MA), Anima Mundi (SP), Festival Brasileiro do Cinema Universitário (SP) e Festival Internacional de Curtas (SP).

De cada um deles sairão cinco semifinalistas. A final acontecerá no Festival do Rio, em setembro de 2009, onde serão anunciados os grandes vencedores, que receberão prêmios de R$ 10 mil, R$ 7 mil e R$ 5 mil.

SEMINÁRIO, OFICINAS E HOMENAGENS
Além do cineasta Costa-Gavras, serão homenageados pelo Cine PE a atriz de cinema, TV e teatro Dira Paes, que desde 2004 também atua como produtora do Festival de Belém do Cinema Brasileiro e do Circuito FestCineBelém; o diretor de cinema e TV e produtor Roberto Farias ("O assalto ao trem pagador", "Pra frente, Brasil", "Noivas de Copacabana", "Memorial de Maria Moura" etc.); e o Canal Brasil.

Nesta edição, o Cine PE vai oferecer três oficinas profissionalizantes: Preparação de Elenco; Cenografia e Direção de Arte; e Assistente de Câmera. Os instrutores serão, respectivamente, o professor e preparador de atores para cinema e televisão, Sérgio Penna, o arquiteto, fotógrafo, cenógrafo e diretor de cena, Carlos Arthur Liuzzi e o assistente de câmera, Pablo Baião

As aulas ocorrerão durante o festival, da próxima segunda (27) a 1º de maio, das 14h às 18h, na Fundaj do Derby. Todas as vagas já foram preenchidas.

Quatro mesas de discussão fazem parte da programação de seminários, de 28 de abril a 1º de maio, sempre às 9h30, com acesso aberto ao público, no Recife Palace Hotel, em Boa Viagem, QG do festival. O tema geral será Cultura e Audiovisual–As Perspectivas para uma Produção Empreendedora. Vários profissionais de renome nacional participarão das reuniões.

SERVIÇO:
Cine PE - Festival do Audiovisual de Pernambuco
Quando: de 25 de abril a 3 de maio
Onde: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda
Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia)

NO RECIFE: - Em Boa Viagem: Loja BR Mania-Posto Domingos Ferreira. Av. Domingos Ferreira, 2640 (em frente ao Restaurante Barbarico)
- Na Imbiribeira: Loja BR Mania-Posto Petrocal Imbiribeira. Av. Mascarenhas de Moraes, 1854 (em frente à Universidade Salgado de Oliveira/Universo)
- Na Cidade Universitária: Loja BR Mania-Posto HJ. Av. Visconde de São Leopoldo, 257 (próximo à Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco)

EM OLINDA:- No Varadouro: Loja BR Mania-ServiCar Olinda. Av. Olinda, 150-Umuarama

EM JABOATÃO DOS GUARARAPES:- Em Piedade: Loja BR Mania-Posto Escola. Av. Airton Senna, 2884.

Outras informações estão disponíveis no site do Cine PE.

Clique Em;
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pernambuco



Pernambuco


Pernambuco foi uma das primeiras áreas brasileiras ocupadas pelos portugueses. Em 1535, Duarte Coelho torna-se o donatário da Capitania, fundando a vila de Olinda e espalhando os primeiros engenhos da região.

No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante muitos anos é responsável por mais da metade das exportações brasileiras. Essa riqueza atrai novos colonos europeus que constróem no estado um dos mais ricos patrimônios arquitetônicos da América Colonial.
A riqueza de Pernambuco foi alvo do interesse de outras nações. No século XVII, os holandeses se estabelecem no estado. Entre 1630 e 1654, Pernambuco é administrado pela Companhia das Índias Ocidentais. Um dos seus representantes, o príncipe João Maurício de Nassau, traz para Pernambuco uma forma de administrar renovadora e tolerante. Realiza inúmeras obras de urbanização no Recife, amplia a lavoura da cana, assegura a liberdade de culto.

No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas. Amante das artes, Nassau tem na sua equipe inúmeros artistas, como Frans Post e Albert Eckhrout, pioneiros na documentação visual da paisagem brasileira e do cotidiano dos seus habitantes.
Os pernambucanos se orgulham de sua participação altiva na História do Brasil, sempre mantendo altos ideais libertários, como na Guerra dos Mascates, entre 1710 e 1712; a Revolução Pernambucana, em 1817; a Confederação do Equador, em 1824; a Revolta Praieira, em 1848.

Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas continua marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas relações trabalhistas e lidera movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene. A partir de meados da década de 60, Pernambuco começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede rodoviária até o sertão e investindo em pólos de investimento no interior do estado. Na última década, consolidam-se os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de modernização da administração pública.


Símbolos do Estado

Os símbolos oficiais do estado de Pernambuco são a bandeira, o brasão e o hino. Conheça um pouco mais sobre cada um deles:


Nossa bandeira foi idealizada pelos revolucionários de 1817 e oficializada, anos depois, pelo governador Manoel Antonio Pereira Borba.

A cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris em três cores (verde, amarelo, vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o nosso estado no conjunto da Federação; o sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz representa a fé na justiça e no entendimento.


O brasão de Pernambuco foi oficializado pelo governador Alexandre Barbosa Lima, em 1895.

O leão representa a bravura do povo pernambucano; os ramos de algodão e de cana-de-açúcar simbolizam nossas riquezas; o sol é a luz cintilante do equador; as estrelas são os municípios. Ainda estão no brasão o mar e o farol de Olinda. Na faixa, aparecem as datas históricas mais importantes do estado: 1710 (guerra dos Mascates), 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1889 (Proclamação da República).


hino pernambucano é uma poesia acompanhada de música em honra aos bravos guerreiros do nosso estado. A letra foi escrita por Oscar Brandão e a música é de autoria de Nicolino Milano. Para ouvi-lo, clique aqui.

Veja a letra:

"Salve! Oh terra dos altos coqueiros! De belezas soberbo estendal! Nova Roma de bravos guerreiros Pernambuco, imortal! Imortal!

Coração do Brasil! em teu seio Corre o sangue de heróis - rubro veio Que há de sempre o valor traduzir És a fonte da vida e da história Desse povo coberto de glória, O primeiro, talvez, no porvir.

Esses montes e vales e rios, Proclamando o valor de teus brios, Reproduzem batalhas cruéis. No presente és a guarda avançada, Sentinela indormida e sagrada Que defende da Pátria os lauréis.

Do futuro és a crença, a esperança, Desse povo que altivo descansa Como o atleta depois de lutar... No passado o teu nome era um mito, Era o sol a brilhar no infinito Era a glória na terra a brilhar!

A República é filha de Olinda, Alva estrela que fulge e não finda De esplender com seus raios de luz. Liberdade! Um teu filho proclama! Dos escravos o peito se inflama Ante o Sol dessa terra da Cruz!"


Carnaval

Os festejos carnavalescos chegaram ao Brasil trazidos pelos portugueses e tinha o nome de entrudo. Por conta da violência das brincadeiras, a folia foi proibida oficialmente. Aos poucos as batalhas cederam espaço a uma verdadeira festa e passaram a usar confete e serpentina.

A palavra Carnaval, que em latim é abstenção da carne (carnen levare), começou a ser utilizada, pois a festa é comemorada no período que antecede a quaresma, quando se praticava a abstinência da carne.

Em Pernambuco, o entrudo assimilou as tradições africanas. No século XVII, os escravos promoviam reuniões para a Festa de Reis, formando cortejos com bandeiras e improvisando cantigas ao ritmo de marcha.

O frevo e suas variações surgiram no século XIX, dando ao carnaval de Pernambuco uma identidade única no Brasil. A partir de então, operários urbanos organizaram as primeiras agremiações nos bairros populares.

Ao lado dos maracatus, dos ursos, dos caboclinhos, das escolas de samba, estes clubes, troças e blocos, unindo as influências européias, africanas e indígenas, transformaram o Carnaval de Pernambuco numa festa plural.

Conhecido internacionalmente por sua combinação de alegria, espontaneidade, história, irreverência e lirismo, o Carnaval de Pernambuco a cada ano conquista mais foliões do mundo inteiro, interessados participar de um evento grandioso, colorido e animado. Os ritmos contagiantes e as fantasias criativas brilham nas cidades cheias de gente, luzes e sons. É um Carnaval de alto astral!

Em Recife, capital multicultural do Brasil, tem frevo, maracatu, caboclinho, ciranda, coco-de-roda, samba, afoxé, rock, reggae, manguebeat. Todos os anos, o autêntico Carnaval de rua recifense arrebata milhões de foliões, turistas do Brasil e do exterior.

Ninguém fica de fora. A folia é distribuída por toda a cidade. A descentralização leva a festa aos bairros populares. São 12,2km de Carnaval em diversos pólos no Centro do Recife, com inúmeras agremiações, artistas nacionais e regionais, desfiles de blocos, fantasias. Um espetáculo diferente em cada esquina.

Alguns nomes fortemente associados ao carnaval do Recife: Quinteto Violado, André Rio, Orquestra Super Oara, Edy Carlos, Silvério Pessoa, Lenine, Lula Queiroga, Maracambuco, Mestre Salustiano, Almir Rouche, Spok Frevo Orquestra, Claudionor Germano, Antônio Carlos Nóbrega, Alceu Valença, Antúlio Madureira e Versão Brasileira.

A agremiação Galo da Madrugada se tornou uma das marcas do bairro de São José. Reuniu em seu primeiro desfile 72 pessoas. Hoje, arrasta mais de um milhão de foliões pelo centro do Recife. À tarde e à noite, a grande pedida é Olinda, com suas ladeiras servindo de corredor para a passagem dos clubes, bonecos gigantes, troças, blocos e maracatus. O ponto alto é o desfile do Homem da Meia-noite.

No domingo de Carnaval, a festa esquenta no interior. Em Bezerros, desfilam os papangus, figuras mascaradas que vem fazendo a fama do carnaval da cidade. Em Pesqueira, acontece a farra dos Caiporas. Na segunda-feira, os maracatus rurais dominam o cenário em Nazaré da Mata. Onze maracatus rurais e grupos de cavalo marinho, coco, forró dão um show de cultura popular.

Na terça, a folia é dos Caretas, em Triunfo, no Sertão pernambucano. À noite, acontece em Recife, no Pátio do Terço, uma das manifestações mais emocionantes da cultura negra no Nordeste, a Noite dos Tambores Silenciosos. Quarta-feira, é dia de aproveitar os blocos que ainda resistem em Recife e Olinda e já começar a se programar para o carnaval do próximo ano em Pernambuco.

Juntamente com os carnavais do Rio de Janeiro e de Salvador, o carnaval de Olinda é um dos mais famosos do Brasil. Entretanto, pode-se afirmar que o carnaval de Olinda é o mais popular do Brasil, no sentido de que os festejos são protagonizados pelo POVO. Não há sambódromos em Olinda: todas as ruas são tomadas pelo povo. Não há trios elétricos em Olinda: a animação e o ritmo são mantidos pelos populares, que formam grupos de todos os matizes, com variados instrumentos e tocando as músicas que desejarem. Não há programação no carnaval de Olinda: há apenas um dia para começar e outro para terminar; há blocos que ficam até tarde da noite, outros que saem no começo da manhã.

O carnaval de Olinda ostenta dezenas de bonecos gigantes, sendo o mais conhecido deles o Homem da Meia-Noite, que está nas ruas desde 1932 e é responsável por dar início, oficialmente, a zero hora do sábado de Zé Pereira, ao carnaval olindense, acompanhando os bonecos, escuta-se uma variedade de ritmos, com desfiles de afoxés, escolas de samba, caboclinhos e maracatus.

Artigo - Mitos e verdades sobre a Síndrome de Down
As crianças com Down são mais boazinhas.
Não é verdade. Muitas são incentivadas a sorrir e a abraçar de forma exagerada, e se encaixam no estereótipo.

Parecem mais sinceras.
Sim. Costumam ter uma franqueza desconcertante para pessoas preocupadas com alguns códigos sociais. A censura é menor, porque são menos enquadradas.

A síndrome de Down é uma doença.
Não. As pessoas que nascem com a trissomia 21 não são doentes, elas têm SD ou são Down.

Quem nasce com síndrome de Down morre muito jovem.
Não. Cardiopatias congênitas não diagnosticadas no passado, e que afetam um em cada três bebês Down, aliadas à baixa imunidade não tratada, provocavam a morte aos 15, 16 anos. Hoje, graças à medicina moderna e a atenção dos pais, 80% dos Down passam dos 35 anos, e muitos passam dos 50.

O Down é incapaz de andar, comer e se vestir sozinho?
Não. Mas ainda há médicos que dizem isso para os pais na maternidade.

Relacionamentos de amizade, amor e sexo são possíveis?
Sim, claro. Também sentem antipatia e ódio.

Têm uma sexualidade exacerbada.
Não. Adolescentes Down gostam de sexo como qualquer adolescente. Mas, por serem mais reprimidos pela sociedade, tendem a falar mais sobre sexo, como forma de reagir à repressão e se impor.

Síndrome de Down é mais comum entre brancos?
Não. A incidência é igual entre brancos, negros e asiáticos.

Homens e mulheres com síndrome de Down podem ter filhos?
Mulheres costumam ter o aparelho reprodutor apto a ter filhos. Homens, até prova em contrário, são estéreis.

Todos os Down vão desenvolver o mal de Alzheimer?
Não. Muitos apresentam sinais de demência a partir dos 40 anos, mas não é inevitável. Estudos sugerem que o índice de demência é igual ao do resto da população, mas acontece 20 ou 30 anos mais cedo.


Fonte: Revista Época – edição nº435 | Zildo Borgonovi