sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pernambuco



Pernambuco


Pernambuco foi uma das primeiras áreas brasileiras ocupadas pelos portugueses. Em 1535, Duarte Coelho torna-se o donatário da Capitania, fundando a vila de Olinda e espalhando os primeiros engenhos da região.

No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante muitos anos é responsável por mais da metade das exportações brasileiras. Essa riqueza atrai novos colonos europeus que constróem no estado um dos mais ricos patrimônios arquitetônicos da América Colonial.
A riqueza de Pernambuco foi alvo do interesse de outras nações. No século XVII, os holandeses se estabelecem no estado. Entre 1630 e 1654, Pernambuco é administrado pela Companhia das Índias Ocidentais. Um dos seus representantes, o príncipe João Maurício de Nassau, traz para Pernambuco uma forma de administrar renovadora e tolerante. Realiza inúmeras obras de urbanização no Recife, amplia a lavoura da cana, assegura a liberdade de culto.

No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas. Amante das artes, Nassau tem na sua equipe inúmeros artistas, como Frans Post e Albert Eckhrout, pioneiros na documentação visual da paisagem brasileira e do cotidiano dos seus habitantes.
Os pernambucanos se orgulham de sua participação altiva na História do Brasil, sempre mantendo altos ideais libertários, como na Guerra dos Mascates, entre 1710 e 1712; a Revolução Pernambucana, em 1817; a Confederação do Equador, em 1824; a Revolta Praieira, em 1848.

Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas continua marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas relações trabalhistas e lidera movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene. A partir de meados da década de 60, Pernambuco começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede rodoviária até o sertão e investindo em pólos de investimento no interior do estado. Na última década, consolidam-se os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de modernização da administração pública.


Símbolos do Estado

Os símbolos oficiais do estado de Pernambuco são a bandeira, o brasão e o hino. Conheça um pouco mais sobre cada um deles:


Nossa bandeira foi idealizada pelos revolucionários de 1817 e oficializada, anos depois, pelo governador Manoel Antonio Pereira Borba.

A cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris em três cores (verde, amarelo, vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o nosso estado no conjunto da Federação; o sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz representa a fé na justiça e no entendimento.


O brasão de Pernambuco foi oficializado pelo governador Alexandre Barbosa Lima, em 1895.

O leão representa a bravura do povo pernambucano; os ramos de algodão e de cana-de-açúcar simbolizam nossas riquezas; o sol é a luz cintilante do equador; as estrelas são os municípios. Ainda estão no brasão o mar e o farol de Olinda. Na faixa, aparecem as datas históricas mais importantes do estado: 1710 (guerra dos Mascates), 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1889 (Proclamação da República).


hino pernambucano é uma poesia acompanhada de música em honra aos bravos guerreiros do nosso estado. A letra foi escrita por Oscar Brandão e a música é de autoria de Nicolino Milano. Para ouvi-lo, clique aqui.

Veja a letra:

"Salve! Oh terra dos altos coqueiros! De belezas soberbo estendal! Nova Roma de bravos guerreiros Pernambuco, imortal! Imortal!

Coração do Brasil! em teu seio Corre o sangue de heróis - rubro veio Que há de sempre o valor traduzir És a fonte da vida e da história Desse povo coberto de glória, O primeiro, talvez, no porvir.

Esses montes e vales e rios, Proclamando o valor de teus brios, Reproduzem batalhas cruéis. No presente és a guarda avançada, Sentinela indormida e sagrada Que defende da Pátria os lauréis.

Do futuro és a crença, a esperança, Desse povo que altivo descansa Como o atleta depois de lutar... No passado o teu nome era um mito, Era o sol a brilhar no infinito Era a glória na terra a brilhar!

A República é filha de Olinda, Alva estrela que fulge e não finda De esplender com seus raios de luz. Liberdade! Um teu filho proclama! Dos escravos o peito se inflama Ante o Sol dessa terra da Cruz!"


Carnaval

Os festejos carnavalescos chegaram ao Brasil trazidos pelos portugueses e tinha o nome de entrudo. Por conta da violência das brincadeiras, a folia foi proibida oficialmente. Aos poucos as batalhas cederam espaço a uma verdadeira festa e passaram a usar confete e serpentina.

A palavra Carnaval, que em latim é abstenção da carne (carnen levare), começou a ser utilizada, pois a festa é comemorada no período que antecede a quaresma, quando se praticava a abstinência da carne.

Em Pernambuco, o entrudo assimilou as tradições africanas. No século XVII, os escravos promoviam reuniões para a Festa de Reis, formando cortejos com bandeiras e improvisando cantigas ao ritmo de marcha.

O frevo e suas variações surgiram no século XIX, dando ao carnaval de Pernambuco uma identidade única no Brasil. A partir de então, operários urbanos organizaram as primeiras agremiações nos bairros populares.

Ao lado dos maracatus, dos ursos, dos caboclinhos, das escolas de samba, estes clubes, troças e blocos, unindo as influências européias, africanas e indígenas, transformaram o Carnaval de Pernambuco numa festa plural.

Conhecido internacionalmente por sua combinação de alegria, espontaneidade, história, irreverência e lirismo, o Carnaval de Pernambuco a cada ano conquista mais foliões do mundo inteiro, interessados participar de um evento grandioso, colorido e animado. Os ritmos contagiantes e as fantasias criativas brilham nas cidades cheias de gente, luzes e sons. É um Carnaval de alto astral!

Em Recife, capital multicultural do Brasil, tem frevo, maracatu, caboclinho, ciranda, coco-de-roda, samba, afoxé, rock, reggae, manguebeat. Todos os anos, o autêntico Carnaval de rua recifense arrebata milhões de foliões, turistas do Brasil e do exterior.

Ninguém fica de fora. A folia é distribuída por toda a cidade. A descentralização leva a festa aos bairros populares. São 12,2km de Carnaval em diversos pólos no Centro do Recife, com inúmeras agremiações, artistas nacionais e regionais, desfiles de blocos, fantasias. Um espetáculo diferente em cada esquina.

Alguns nomes fortemente associados ao carnaval do Recife: Quinteto Violado, André Rio, Orquestra Super Oara, Edy Carlos, Silvério Pessoa, Lenine, Lula Queiroga, Maracambuco, Mestre Salustiano, Almir Rouche, Spok Frevo Orquestra, Claudionor Germano, Antônio Carlos Nóbrega, Alceu Valença, Antúlio Madureira e Versão Brasileira.

A agremiação Galo da Madrugada se tornou uma das marcas do bairro de São José. Reuniu em seu primeiro desfile 72 pessoas. Hoje, arrasta mais de um milhão de foliões pelo centro do Recife. À tarde e à noite, a grande pedida é Olinda, com suas ladeiras servindo de corredor para a passagem dos clubes, bonecos gigantes, troças, blocos e maracatus. O ponto alto é o desfile do Homem da Meia-noite.

No domingo de Carnaval, a festa esquenta no interior. Em Bezerros, desfilam os papangus, figuras mascaradas que vem fazendo a fama do carnaval da cidade. Em Pesqueira, acontece a farra dos Caiporas. Na segunda-feira, os maracatus rurais dominam o cenário em Nazaré da Mata. Onze maracatus rurais e grupos de cavalo marinho, coco, forró dão um show de cultura popular.

Na terça, a folia é dos Caretas, em Triunfo, no Sertão pernambucano. À noite, acontece em Recife, no Pátio do Terço, uma das manifestações mais emocionantes da cultura negra no Nordeste, a Noite dos Tambores Silenciosos. Quarta-feira, é dia de aproveitar os blocos que ainda resistem em Recife e Olinda e já começar a se programar para o carnaval do próximo ano em Pernambuco.

Juntamente com os carnavais do Rio de Janeiro e de Salvador, o carnaval de Olinda é um dos mais famosos do Brasil. Entretanto, pode-se afirmar que o carnaval de Olinda é o mais popular do Brasil, no sentido de que os festejos são protagonizados pelo POVO. Não há sambódromos em Olinda: todas as ruas são tomadas pelo povo. Não há trios elétricos em Olinda: a animação e o ritmo são mantidos pelos populares, que formam grupos de todos os matizes, com variados instrumentos e tocando as músicas que desejarem. Não há programação no carnaval de Olinda: há apenas um dia para começar e outro para terminar; há blocos que ficam até tarde da noite, outros que saem no começo da manhã.

O carnaval de Olinda ostenta dezenas de bonecos gigantes, sendo o mais conhecido deles o Homem da Meia-Noite, que está nas ruas desde 1932 e é responsável por dar início, oficialmente, a zero hora do sábado de Zé Pereira, ao carnaval olindense, acompanhando os bonecos, escuta-se uma variedade de ritmos, com desfiles de afoxés, escolas de samba, caboclinhos e maracatus.

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